sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Transportes públicos I- o autocarro

Uma das situações do dia-a-dia mais partilhada entre as pessoas dos nossos dias é o uso dos transportes públicos. Sendo espaços públicos, tal como o nome indica, são espaço para todos e por isso compete a cada um de nós tornar a sua utilização o mais agradável possível.

Assim, começo por deixar-lhe alguns conselhos que deve seguir quando usar um autocarro.

-Espere sempre no seu lugar da fila. Não tente nunca passar à frente de ninguém. Para o caso de não haver fila (caso comum em muitas paragens dentro da cidade de Lisboa, por ex.) olhe em seu redor e procure fixar as pessoas que já estavam na paragem antes de chegar. Quando entrar no autocarro, entre apenas depois de todas essas pessoas já o terem feito.

-Não impeça o corredor do autocarro. Procure sempre ficar na ponta mais distante da porta de entrada, sobretudo em hora de ponta, para assim criar mais espaço no autocarro. Se vier carregado com sacos ou outros pesos procure colocar-se na zona frente à porta de saída ou onde houver mais espaço. No caso de encontrar uma pessoa conhecida, não pare nunca ao lado dela a conversar. Os seus sacos causarão um distúrbio imenso.

-No caso de encontrar uma pessoa conhecida, pode perfeitamente sentar-se ao lado dela. Isto se o autocarro não estiver cheio e a pessoa num lugar quase inacessível para si. Nestas ocasiões não procure ter conversas de longa distância no autocarro. As outras pessoas, muito provavelmente, não querem saber da sua vida.

-Ainda no caso de encontrar uma pessoa conhecida, mas com quem sabe não irá ter grande conversa, acene educadamente ou vá lá cumprimentá-la e depois sente-se noutro lugar. É uma solução melhor ao incómodo de estarem ambas a procurar um tema de conversa sem nunca o encontrar até que a viagem termine.

-Nunca, mas nunca, ponha música alta do seu telemóvel, iphone, blackberry ou outros aparelhos a tocar num autocarro ou qualquer outro transporte público. Use uns headphones; ninguém tem que ser obrigado a partilhar os seus gostos musicais.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cumprimentar e Apresentar III- Alguns conselhos

Para terminar esta parte, deixo aqui alguns conselhos que me parecem úteis em situação de cumprimento ou apresentação.

Nunca se mostre sisudo. Seja sempre agradável, mas não exageradamente. Aristóteles tinha razão quando escreveu que a virtude está no meio.

Quando cumprimentar alguém com um aperto de mão garanta que este é firme, mas não bruto. Um aperto de mão frouxo pode demonstrar pouca vontade social, enquanto um demasiado forte pode espelhar uma posição muito agressiva. Lembre-se que em nenhuma situação se deve cumprimentar alguém com uma mão enluvada. Mesmo que se atrapalhe a descalçar a luva e isso crie um compasso de espera é preferível a cumprimentar alguém estando enluvado.

Antes de apresentar duas pessoas, sobretudo em situações formais, esteja sempre certo dos nomes porque estas querem ser apresentadas. Em situações informais, pode mesmo usar petit-noms, se as pessoas em questão se mostrarem à-vontade com isso. Vai ver que torna o ambiente muito mais familiar.

Mais uma vez lembro, a não ser em situações formais onde tal possa ser conveniente, nunca se usam títulos, cargos ou graus numa apresentação.

Ao apresentar a sua mulher, ou a mulher de alguém a uma terceira pessoa nunca use "esposa". Diga sempre "a minha mulher" ou "... mulher de". Logicamente, nunca diga também esposo e use o mesmo sistema, desta feita com a palavra "marido".

Não imponha nunca a sua forma de cumprimento, mesmo numa situação informal. Quer isto dizer que um dos segredos da etiqueta reside em estar atento. Se se encontrar num espaço onde a larga maioria das pessoas se cumprimenta com um beijinho dê também apenas um, mesmo que isso não seja o seu hábito. Fica entendido que o contrário também é aplicável.

Lembre-se- os melhores guias de etiqueta são o seu bom-senso, sentido de oportunidade e capacidade de observação. Use-os sabiamente e sempre com naturalidade.